29 setembro 2011

A escrever...


Se me ponho a escrever, a escrever, tudo verte. Estou doente, tive febre, tenho dores no corpo. O meu pai anuncia Gripe. Mais uma, das muitas que virão. E se me ponho a escrever, a escrever, o mal-estar da gripe, está tudo perdido. Num espirro não vai caber a dor de olhos. Dou por mim a sonhar que caem das órbitas. Desculpem, mas a gripe, a febre e o estado de escrever, escrever, não devem ser muito compatíveis.

Então, sentada, com dores, ate nos joelhos, arranjo forma de me fazer exprimir. Tudo é em demasia, agora e já. Pesada na gripe, nas dores, na febre de ontem, no sono teimoso e inconstante. A escrever, a escrever, sem sentido nenhum, por que não posso tomar sentido. A febre proibida, que grande açoite levei. Está bem.

Próxima fase. Anti-histamínicos, anti-piréticos, chá. Leite com mel. A língua áspera de tanto doce. Não acalma. Ai a febre e as dores. Tanto que fica por fazer. Mas eu ponho-me a escrever, a escrever! A vida não me manda parar de escrever. Como me sinto Portuguesa, enrabichada na dor da escrita. Anedotas fora de horas, talvez façam sentido quando me baixar a febre e a tosse.

Quando passar, mais uma próxima fase. É assim que se faz. E eu continuarei a escrever, a escrever. Talvez um dia directa ao assunto, que já mete nojo. Nojo!

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