A escrita fortuita é a mais tempestuosa. Condiz
com o estado de ânimo de quem toma a rédea do que é necessário ser assente na
folha. Estilhaços perpetrados, cativos da figura por trás da porta, que os
solta letra a letra. Lento ou rápido, os fragmentos coordenam e maduram
qualquer coisa. Os cotovelos passam a articular melhor, já sem rangerem, numa cadência
de contratempo ampliado.
Contratempo. Contra o tempo. Jogral
inocente jogado no caos criativo, em que o número de páginas se subordina
intimamente à letra, à impetuosidade, à paixão da persona que edifica o contíguo
inteiro – um todo que se podia continuar infinitamente.
Quem conta histórias, conta mistérios
insondáveis, tornando os seus leitores atentos mais esfíngicos do que o curso
que se deu. É como um tango ao luar,
dançado em cima de um jardim salgado.
Gosto muito daquilo que escreves Aninha, tens muito jeito, já reparei que escreves todos os dias e eu admiro muito isso, cada coisa que escreves é a cada dia mais profunda. Gosto de ler! :)
ResponderEliminarUm beijinho, Cherry. ;)
Oh meu anjinho... Estive de férias... É mais fácil por haver tempo de sobra :)
ResponderEliminarTb escreves mt mt bem Mimi
Beijinho grande