13 dezembro 2011

a minha árvore


Amanhã vou fazer a árvore de Natal. Wow! Finalmente ganhei coragem. Mas só para amanhã. Ainda não vou falar do Natal. 

Primeiro a árvore tem de estar pronta e só a seguir posso pensar o Natal. Este que finda um ano que considero ter passado rápido demais. 

http://weheartit.com/entry/19256884
Os presentes foram vários. Com eles posso decorar a minha árvore. As coisas feias que se passaram farão parte dos ramos miúdos da minha árvore de moldável. Verde. Típica. Não tenho por hábito arrancar da minha vista os ensejos que confrangeram, por doerem. Dá-me placabilidade saber que o que me foi custoso é parte de mim também e que, por tal, a vida ganha forma. Áspera quando tem de ser, às vezes até em excesso. 

No meio das surgidas folhas verdes, mascavadas porém, as bolinhas e as cores estão a condizer. Com o mau, com o bom e com as cores da minha sala. 

É que este ano houve um alvitre, talvez um vislumbre que tive, de que eu teria ganho o euromilhões, mas sem ser em numerário. Soube a bagos de uvas, a morangos, a cerejas. Mais uma vez, combinava com a sala. E era doce, como o odor dessa divisão onde tantas vezes redijo os meus pensamentos, entro em quimeras singulares, discorro em efervescências e tal. 

Se o vergel se destroçou ou se conserva por debaixo de geada, nem tampouco me prestei à cogitação. Ainda não houve espaço para ensaiar o esgar fechado, pesado. Sem Rodin, sem estátua. Contudo, antevejo-me prestes a preencher de esferas coloridas e luzes de fundo, com as minhas mãos franzinas e escoradas a minha árvore de Natal. Pode ser que me lembre a posição talhada um dia pelo cinzelador. Pode ser. E aí seja tudo mais audível.

Pode ser.

Ana 

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