Amanhã vou fazer
a árvore de Natal. Wow! Finalmente ganhei coragem. Mas só para amanhã. Ainda não
vou falar do Natal.
Primeiro a
árvore tem de estar pronta e só a seguir posso pensar o Natal. Este que finda
um ano que considero ter passado rápido demais.
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Os presentes
foram vários. Com eles posso decorar a minha árvore. As coisas feias que se
passaram farão parte dos ramos miúdos da minha árvore de moldável. Verde. Típica.
Não tenho por hábito arrancar da minha vista os ensejos que confrangeram, por
doerem. Dá-me placabilidade saber que o que me foi custoso é parte de mim
também e que, por tal, a vida ganha forma. Áspera quando tem de ser, às vezes
até em excesso.
No meio das surgidas
folhas verdes, mascavadas porém, as bolinhas e as cores estão a condizer. Com o
mau, com o bom e com as cores da minha sala.
É que este ano houve
um alvitre, talvez um vislumbre que tive, de que eu teria ganho o euromilhões,
mas sem ser em numerário. Soube a bagos de uvas, a morangos, a cerejas. Mais uma
vez, combinava com a sala. E era doce, como o odor dessa divisão onde tantas
vezes redijo os meus pensamentos, entro em quimeras singulares, discorro em efervescências
e tal.
Se o vergel se destroçou
ou se conserva por debaixo de geada, nem tampouco me prestei à cogitação. Ainda
não houve espaço para ensaiar o esgar fechado, pesado. Sem Rodin, sem estátua. Contudo, antevejo-me prestes a preencher de esferas
coloridas e luzes de fundo, com as minhas mãos franzinas e escoradas a minha árvore
de Natal. Pode ser que me lembre a posição talhada um dia pelo cinzelador. Pode
ser. E aí seja tudo mais audível.
Pode ser.
Ana
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