Penso ter desenvolvido um estranho aturdimento por
costas. Nuas de preferência. Talvez se deva ao facto de puder ver a estrutura. Ossos
e músculos subtis, que os fazem mexer. O movimento é encantador, principalmente quando se tem as costas presas.
Estou curta de palavras. Por esfalfamento consumado
alojado até no meu sofá. As opiniões de hoje são: não, nem, nunca, impossível, não sei, mas. Há quem não reconheça a
sua estupidez egóica, visível do espaço sideral. Isso abafa-me. Sempre foi
assim. E o tempo de abafamento é tamanho, que acaba por contaminar as outras
horas. As livres – de sossego, de partilha, de escrita, de sonho, de cantorias
desafinadas, etc. (espero que seja a única vez que uso esta expressão aqui)
Derrotada ou não, o meu desencaixe da imbecilidade
onde me cravaram, torna-se evidente. Tenho de o assumir. Só não sei porque não
mudo de vida. É que ontem e hoje já deram para concluir 6 anos de desperdício da
minha aptidão, erudição e treino. Peixe fora de água que nem para grelhar dá, quanto mais para Sushi.
Lembrete à menina que anda à procura do... tempo! |
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