01 janeiro 2012

deixar debaixo da cama


Antes que acabe a bateria do 1 do 1 de 2012, venho só dizer que foi um dia deliciosamente silencioso. Só dei conta dos meus pensamentos e do sonho – a meio da tarde, habitando um dia inteiro onde deveria estar.

É caricato como vivemos os sonhos. Dou-me conta que maior parte das pessoas ficam perenemente temerosas daquilo que guardam debaixo da cama, ao invés de os acariciar por debaixo dos lençóis. Como devia ser. Digo-o propositadamente. E afirmo com desígnio bruto e categórico.

Amanhã o silêncio finda. Será dia de deitar e rolar. Para fora e para dentro. Amanhã haverá tempo para pausar a busca incessante do tempo, construindo-o na mesma, afincando trejeitos de quem conduz o leme. Só não sei onde. Se ao menos me devolvessem a bússola.

(...)

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