31 janeiro 2012

o tudo e o mesmo

As orlas lúbricas já não se fazem lógicas. O tudo e o mesmo acabam por ter contornos desiguais, eles próprios, sendo forçada a concordar que tudo é uma questão de perspectiva.

Escrever esconjura determinados conteúdos, sem, no entanto, levar à noção perene seja do que for. O que se procure. Encontra-se sem achar. É um caminho sem meta imperiosa. Tudo se torna possível. A mais pequena história pode constituir-se a maior epopeia. A razão impassível que lhe dou, é ter por dentro, quem pode fazê-lo, todos os adeus calados, aqueles que nunca são. Anuncia-se a imortalidade de uma pena que continua mais do que um braço.

O tempo é apenas um constructo que tiraniza os trechos, difíceis. Os mesmos que escondem a delicadeza de um gemer da grega psyché, que atento conhecer. Espreita-se os minutos que dou e que retenho, exigindo que esses se façam tempo. Fechar os olhos para não ver nunca me soou a partida. E o para sempre é um lugar onde a encenação é restringida à porção de luminosidade que lá se põe. Ou tira.


Ana



2 comentários:

  1. Hoje sonhei contigo... Como tantos sonhos, este começava com "era uma vez..."
    Era uma vez um mundo cheio de cor e magia....feito de trapos encantados e pozinhos mágicos... Duendes dos sonhos, bruxas, princesas,"poetas sem dom" angies, FADAS... fazem todos parte deste mundo mágico... O mundo do "e viveram FELIZES PARA SEMPRE" temo que infelizmente imaginario...e encerrado para muitos "pequenos olhos"...

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  2. então... nem de propósito ter escrito isto :) obrigada! é bom estarmos sempre em sintonia Angie. Pertencemos.

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