A rapidez
não é circunstância definida
Por
quem vai no leme
De
queixo erguido
Pois
neste recaem ventos indelicados
Com
trejeitos de quem olha mas não vê
Dando
mais torção para o lado
Aquele
que mais convier
À imortalidade
da ironia
Se
roubar é pecado capital
Rastejar
parece ser ridículo
Rouba-se
mais num rastejo
Imoral
e doentio
Conspurcado
d’alma mesmo ao fundo
Pois
não se deu importância
A
quem se deita aos pés
Já
sem olhos
De
um corpo magro
Espraiado
Sem
indefinição de ossos
Que
esconde um ataque violento
Desamparando
os contornos
Que
abalroou
Arrastando-os
no solo
Que
nunca mais findou.
Aí,
habita a mancha.
Ana Luísa Monteiro
Ana Luísa Monteiro
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