02 janeiro 2012

psicanalistas 2 (go!)

"Arrependimento Imoral  

O homem a quem o arrependimento, após o pecado, impõe grandes exigências morais, expõe-se à acusação de ter tornado a sua tarefa demasiado fácil. Não praticou o que é essencial na moral, a renúncia; com efeito, o comportamento
moral ao longo da vida é exigido em função dos interesses práticos da humanidade. O homem citado recorda-nos os bárbaros das grandes ondas migradoras, que matavam e depois faziam penitência, e para os quais fazer penitência acabou por se tornar uma técnica facilitadora do assassínio."

Sigmund Freud, in 'As Palavras de Freud
 
Será então um falso arrependimento, que apenas se escraviza sob o peso carregado do Super-ego, rejeitando um Id que existe e respira, movimento que apenas consegue esbofetear o Ego todos os santos dias. Assim se edifica o caminho do se fizermos de conta teremos a absolvição eterna. É praticamente como nunca ter pecado/errado/falhado. Mas por dentro, cedeu-se à vontade impulsionadora e criativa. 
 
É a história do leite derramado. Já está. Não valerá de nada, nem trará de volta. Se é que me faço entender.
 
 
Ana - Dia de deitar e rolar. 

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