07 março 2012

como do tudo se fazer mais ainda

após um silencio embaçado torna-se à libertação vocal. o estado embotado da voz, gravava na passagem quotidiana um gesto de permanência liberticida. dele mesmo. um ser que se apreende como andrógino, a quem lhe custa, por lhe parecer um saco de calhaus, falar do amor deliberado e que não lhe corte as costas.

- Prefiro nomear essa sexualidade de que fala como perversidade.

penso. sei que as coisas têm nome por terem de ter uma possibilidade de serem nomináveis.

é sentido conhecer que, neste jogo linguístico, importa mais o que se sublima por detrás das palavras e que se constroem em brincadeiras faladas, nos olhos ou nos ouvidos. os lábios são sempre o motor. na articulação de cada palavra muda, em cada grito dado num ferrar a pele, na indecência de dar a conhecer a própria voz.

o sol bate-nos na cara. empurra-nos para as obrigações bacocas, onde não se diz o que se quer, a quem se quer. no entanto, continuamos a falar. seja da forma que for.

Ana

1 comentário:

  1. Se porventura a paz te fascina ... OUVE! SENTE! APREENDE! busca. Eu
    http://www.xlr8r.com/mp3/2012/01/forget-shlohmo-remix

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