15 abril 2013

laranjas.

Quem me lê sabe o quanto me sabe bem o desfiar da vida. Lento. Rápido.

Tenho dado conta que aceleramos, travamos a fundo, apertamos as mãos, encolhemos os ombros, fechamos os olhos, abrimos os braços.

No limite é como comer uma laranja, gomo por gomo, atrás de gomo, deixando-nos surpreender pela acidez adocicada de cada um. Se não é suficientemente doce, ponham açúcar

Eu sei, eu sei que nem sempre é fácil. Mas é uma verdade incontestável que os momentos de luta, como disse o Freud, são de facto aqueles em que fomos mais felizes, dentro da capacidade de não termos receio do que cada gomo nos traga.

Ana, 2013 (in luta)


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