apetecia-lhe um buraco, esconder-se, tapar-se com papel crepe tons pastel. lembrava-se a sua própria gargalhada com nostalgia e ficou triste. afastou gentilmente esse pensamento, cozinhado em grupo.
e depois...
apetecia-lhe calçar as sapatilhas. mas não. tirou antes os sapatos, os anéis e os casacos. afinal, nem estava frio.
e assim, tão facilmente pôs as mãos (as duas ditas mãos magrinhas) na cabeça., deixando o tempo passar sem olhar mais para as horas. é que todas lhe pertenciam. bem feitas as contas.
aí e só aí percebeu que tinha muitas coisas para pensar. coisas novas e coisas velhas, assuntos que se esvaiem um no outro, compassivamente, de mãos na cabeça, percebendo que era preciso, urgentemente, agarrar-se ao seu sorriso.
parou... para pensar de verdade. só isso. sem mais nada. sozinha e quieta.
parou.