21 agosto 2013

stop being an ass, beloved Self

enquanto o dia passava, ouviu uns três vezes nove sermões. depois quando todos se calaram, sentou-se no soalho do quarto espelhado. a seguir levantou o queixo, lentamente e viu-se. 

apetecia-lhe um buraco, esconder-se, tapar-se com papel crepe tons pastel. lembrava-se a sua própria gargalhada com nostalgia e ficou triste. afastou gentilmente esse pensamento, cozinhado em grupo. 

e depois...

apetecia-lhe calçar as sapatilhas. mas não. tirou antes os sapatos, os anéis e os casacos. afinal, nem estava frio. 

e assim, tão facilmente pôs as mãos (as duas ditas mãos magrinhas) na cabeça., deixando o tempo passar sem olhar mais para as horas. é que todas lhe pertenciam. bem feitas as contas. 

aí e só aí percebeu que tinha muitas coisas para pensar. coisas novas e coisas velhas, assuntos que se esvaiem um no outro, compassivamente, de mãos na cabeça, percebendo que era preciso, urgentemente, agarrar-se ao seu sorriso. 

parou... para pensar de verdade. só isso. sem mais nada. sozinha e quieta. 

parou.