eu ouço questões com profundo deleite. fico embevecida em saber que ninguém me sabe e quer saber. mas o que de mim está? o que de mim é?
a roda-viva.
a roldana oleada.
quais ponteiros restam. perguntam por mim, mas não percebem que ponteiros tenho. não sabem senão as horas que parecem ter.
verdade. ah, a verdade. que martírio. que deleite. qual crime não saber o tom do tic-tac.
tenho coisas no regaço. são pérolas. são jóias. são flores e bagaço. parecem torpedos de dois gumes. cansaço.
cansaço que me cansas e, de resto, me és tão reiteradamente essencial.
perguntam por mim. quem me sabe?
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