07 junho 2014

Faz-me pensar.

Incidentes acontecem a toda a hora. 

Infelizmente, tropecei numa situação que, não só me desagradou, como me fez ficar com um atónico sabor amargo na boca. 



O que se passou foi que conheci uma rapariguinha (inha mesmo) que acha que pode tudo. Pode tudo, conquista tudo, nada escapa. Pior do que isso - a rapariguinha sabe tudo. Pois bem que o meu ar há-de ter sido tão pasmo e quedo que a motivou a continuar, naquilo que posso denominar um surto de narcíciso, premiado a megalomania auto-orgasmática. Não, não é um diagnóstico. Só uma conclusão após o factual despejar de frases ridiculamente ocas de uma boca para fora. 



Pasma. Queda! 

Aquilo passou. O momento. Nem pude pensar mais nada, do que pensei, instantaneamente. 

Agora lembrei-me disso. Acudiu-me à memória. Dou comigo a lamentar. Há registos que escondem tanta coisa. Geralmente, quem canta do poleiro nem sabe bem o que o próprio do poleiro é. E a insegurança dá medo. E o medo só pode seguir duas vias. A da coragem. O do desvio. 

Mas para se ter coragem é, realmente, imperioso olhar para quem somos. Nos piores momentos possíveis. Nos melhores imaginados. Nos extremos. Esses mesmos que detestava quando tinha   20 anos. Mas isso era eu com 20 anos. Hoje entendo que saber viver não tem medida, nem cor, nem métrica. Hoje sei que se perde tanto, em vislumbres antecipados e que nada se pode fazer. O ganho é retomar. 

Gosto de incidentes. Fazem-me pensar! 


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