03 outubro 2014

A César o que é de César

Há pessoas sempre iguais. São imutáveis. Permanecem. E sabem tudo. 

O tempo não lhes deve importar muito. Porque sabem, se calhar, sempre o código para quebrar qualquer dúvida ou questão ou problema ou mistério ou o que seja. 

Admirável. Admirável mundo triste de quem se ousa afirmar permanente. Pois nessa tristeza que isso me provoca, há um laivo de sapiência - não existe a inquietude, a herege raiva, a paixão eterna, o idealismo, o amor esteta, a eloquência da maior e enraizada cisma, a poesia. 

Afinal, a única semelhança humana é a ambição. Mas cada um terá a sua. E isso, a mim, não me apoquenta. 

Egoísmo à parte, só a minha me conduz.